Saudações viajantes, um dos elementos mais interessantes para aventuras nos planos exteriores para D&D pré Spell Plague em meu ponto de vista foi A Guerra de Sangue. Desta forma resolvi fazer uma breve explanação sobre a mesma. Espero que apreciem.
A guera de sangue fora
(ou é, depende da linha de tempo de sua campanha) um antigo conflito entre as terríveis
criaturas dos planos inferiores. Os Tanar´ri representavam as forças demoníacas
do Abismo, o plano maligno do caos. Em sua oposição encontrava-se os leais mas
igualmente malignos Baatezus dos nove infernos de Baator. Alem destes
Protagonistas, os Yugololoths que são avatares da neutralidade e maldade
lutavam como mercenários em ambos os lados da guerra. Este conflito surgiu
desde das Eras antes da Eras, em um período negro quando o plano material primário não estava
totalmente desenvolvido.
As causas para a
Guerra de Sangue são desconhecidas, mas muitos acreditam que ela foi o resquício
da grande guerra da Ordem contra o Caos no principio dos tempos. Os yugoloths
bradam que a guerra foi um experimento pessoal deles sobre a natureza e origem
do mal e que somente acabaria por intervenção deles, o que provou-se incorreto.
Dentre todas as teorias a que mais me agrada (eu Alan) é esta: Para impedir a
invasão dos Tanar´ri aos planos materiais e demais planos, os deuses destacaram
uma antiga entidade para comandar suas hostes angelicais contra as forças do
Caos. Durante milênios de combate sem fim, esta entidade e seu exercito passaram a se assemelhar cada vez mais com seus inimigos, e foram aos poucos corrompidos
por eles, tanto em métodos de guerra quanto em aparência. Esta entidade
então percebendo que a guerra pendia para o lado do Caos, se apresentou em frente
aos outros deuses e demandou deles que reforços periódicos fossem enviados. Os
deuses afirmaram que não podiam abrir mão de maior contingente, e desta forma a
entidade lhes apontou como solução os mortais, já que era ele que estava dia após
dia e era após era defendendo os demais planos e existência deles, que eles
ajudem na luta mesmo que seja no pós vida. Desta forma os deuses concordaram que somente os mortais que aceitassem
participar da guerra por livre e espontânea vontade, sem impedir o direito de
livre escolha poderiam ser recrutado. Este acordo foi documentado, assinado e selado. Acontece que a
entidade passou a ludibriar os mortais fazendo com eles barganhas e contratos
obtusos em troca de suas almas para a guerra sangrenta. Quando os deuses souberam
disto ficaram irados, mas como haviam assinado o acordo ficaram presos em sua
palavra, contudo destituíram a entidade de seu posto divino e arremessaram seu
corpo na planície da batalha nos planos exteriores.
O impacto da queda de Asmodeus
criou um imenso abismo dividido em nove camadas, os nove infernos de Baator.
Depois de milênios de
guerras, Azuth o deus dos magos foi derrotado em Baator e Asmodeus absorveu sua
essência divina. Com seu poder divino restituído e com seu grande contingente de
diabos, Asmodeus encerrou o Abismo e os Tanar´ri nas profundezas do plano Elemental
do Caos, terminando assim a grande guerra.
Ótimo texto!
ResponderExcluirclap clap clap
ResponderExcluirCara, excelente! Acho essa versão muito boa mesmo.
ResponderExcluirQueria saber a fonte de onde você tirou essa informação.
ResponderExcluirA história da criação de Baator é interessante, mas destoa da que eu conheço. Existe um livro de AD&D publicado em 1999, chamado "Guide to Hell", que conta uma história diferente, na minha opnião, mais interessante. Se tiver acesso ao livro, procure pelo texto "Serpents of Law" na página 2.
Quanto a Blood War em si, existe também o livro "Hellbound: The Blood War", que incrementa bem as motivações da guerra, e é escrito dentro do contexto (e semântica) de Planescape. Excelente leitura.
Ola João, primeiramente gostaria muito de agradecer pelo comentário. Este é o maior objetivo deste site, interação entre rpgistas. Esta versão do mito é um resumo rápido da descrtia no Fiendish Codex II: tyrants of the nine hells da versão 3.5 do D&D. Ela inclusive faz alusão a versão do "Guide to Hell" neste caso, você deve ver Asmodeus como a serpente Ahriman. Eu particularmente acho a versão do Codex mais interessante como falei no post, acho mais descritiva e menos forçada. Mas é um gosto pessoal. Para maiores detalhes desta versão recomendo ler o prefacio do codex "The Pact Primeval", o qual termina com estas frases que acho desossante:
ExcluirThe war deity drew forth his longsword of crackling lightning.
“It is your job to punish transgressions, not to encourage them!”
he cried.
Asmodeus smiled, and a venomous moth fl ew out from between
his sharpened teeth. “Read the fi ne print,” he replied.