Abas

quinta-feira, 31 de maio de 2012

A Guerra de Sangue


Saudações viajantes, um dos elementos mais interessantes para aventuras nos planos exteriores para D&D pré Spell Plague em meu ponto de vista foi A Guerra de Sangue. Desta forma resolvi fazer uma breve explanação sobre a mesma. Espero que apreciem.

A guera de sangue fora (ou é, depende da linha de tempo de sua campanha) um antigo conflito entre as terríveis criaturas dos planos inferiores. Os Tanar´ri representavam as forças demoníacas do Abismo, o plano maligno do caos. Em sua oposição encontrava-se os leais mas igualmente malignos Baatezus dos nove infernos de Baator. Alem destes Protagonistas, os Yugololoths que são avatares da neutralidade e maldade lutavam como mercenários em ambos os lados da guerra. Este conflito surgiu desde das Eras antes da Eras, em um período negro  quando o plano material primário não estava totalmente desenvolvido.




As causas para a Guerra de Sangue são desconhecidas, mas muitos acreditam que ela foi o resquício da grande guerra da Ordem contra o Caos no principio dos tempos. Os yugoloths bradam que a guerra foi um experimento pessoal deles sobre a natureza e origem do mal e que somente acabaria por intervenção deles, o que provou-se incorreto. Dentre todas as teorias a que mais me agrada (eu Alan) é esta: Para impedir a invasão dos Tanar´ri aos planos materiais e demais planos, os deuses destacaram uma antiga entidade para comandar suas hostes angelicais contra as forças do Caos. Durante milênios de combate sem fim, esta entidade e seu exercito passaram a se assemelhar cada vez mais com seus inimigos, e foram aos poucos corrompidos por eles, tanto em métodos de guerra quanto em aparência. Esta entidade então percebendo que a guerra pendia para o lado do Caos, se apresentou em frente aos outros deuses e demandou deles que reforços periódicos fossem enviados. Os deuses afirmaram que não podiam abrir mão de maior contingente, e desta forma a entidade lhes apontou como solução os mortais, já que era ele que estava dia após dia e era após era defendendo os demais planos e existência deles, que eles ajudem na luta mesmo que seja no pós vida. Desta forma os deuses concordaram que somente os mortais que aceitassem participar da guerra por livre e espontânea vontade, sem impedir o direito de livre escolha poderiam ser recrutado. Este acordo foi documentado, assinado e selado. Acontece que a entidade passou a ludibriar os mortais fazendo com eles barganhas e contratos obtusos em troca de suas almas para a guerra sangrenta. Quando os deuses souberam disto ficaram irados, mas como haviam assinado o acordo ficaram presos em sua palavra, contudo destituíram a entidade de seu posto divino e arremessaram seu corpo na planície da batalha nos planos exteriores.
O impacto da queda de Asmodeus criou um imenso abismo dividido em nove camadas, os nove infernos de Baator.



Depois de milênios de guerras, Azuth o deus dos magos foi derrotado em Baator e Asmodeus absorveu sua essência divina. Com seu poder divino restituído e com seu grande contingente de diabos, Asmodeus encerrou o Abismo e os Tanar´ri nas profundezas do plano Elemental do Caos, terminando assim a grande guerra.

5 comentários:

  1. Cara, excelente! Acho essa versão muito boa mesmo.

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  2. Queria saber a fonte de onde você tirou essa informação.
    A história da criação de Baator é interessante, mas destoa da que eu conheço. Existe um livro de AD&D publicado em 1999, chamado "Guide to Hell", que conta uma história diferente, na minha opnião, mais interessante. Se tiver acesso ao livro, procure pelo texto "Serpents of Law" na página 2.
    Quanto a Blood War em si, existe também o livro "Hellbound: The Blood War", que incrementa bem as motivações da guerra, e é escrito dentro do contexto (e semântica) de Planescape. Excelente leitura.

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    1. Ola João, primeiramente gostaria muito de agradecer pelo comentário. Este é o maior objetivo deste site, interação entre rpgistas. Esta versão do mito é um resumo rápido da descrtia no Fiendish Codex II: tyrants of the nine hells da versão 3.5 do D&D. Ela inclusive faz alusão a versão do "Guide to Hell" neste caso, você deve ver Asmodeus como a serpente Ahriman. Eu particularmente acho a versão do Codex mais interessante como falei no post, acho mais descritiva e menos forçada. Mas é um gosto pessoal. Para maiores detalhes desta versão recomendo ler o prefacio do codex "The Pact Primeval", o qual termina com estas frases que acho desossante:

      The war deity drew forth his longsword of crackling lightning.
      “It is your job to punish transgressions, not to encourage them!”
      he cried.
      Asmodeus smiled, and a venomous moth fl ew out from between
      his sharpened teeth. “Read the fi ne print,” he replied.

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